terça-feira, novembro 30, 2010


Frase de Coco Chanel

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"Eu não entendo como uma mulher pode sair de casa sem se arrumar um pouco – mesmo que por delicadeza. Depois, nunca se sabe, talvez seja o dia em que ela tem um encontro com o destino. E é melhor estar tão bonita quanto for possível para o destino." Coco Chanel

#Ficaadica. 


 

segunda-feira, novembro 29, 2010


Pensamentos de Érico Veríssimo

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A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe, alguns descobrem, mas poucos conhecem.
A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível.
A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para tudo, mas, de estarmos abertos a todas as perguntas.
A dor alimenta a coragem. Você não pode ser corajoso se só aconteceram coisas maravilhosas com você.
A esperança é um empréstimo pedido à felicidade.
A felicidade não é um prêmio, e sim uma conseqüência, a solidão não é um castigo, e sim um resultado.
A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la.
A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga.
A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.
A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.
A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar.
A maior fraqueza de uma pessoa é trocar aquilo que ela mais deseja na vida, por aquilo que ele deseja no momento.
A persistência é o caminho do êxito.
A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros. A solisão é uma gota no oceano que só olha para si mesma... uma gota que não sabe que é oceano...
Amigos são a outra parte do oceano que a gota procura...
A tua única obrigação durante toda a tua existência é seres verdadeiro para contigo próprio.
A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais poderá apagar.
A verdadeira amizade é aquela que não pede nada em troca, a não ser a própria amiga.
A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém que nunca vai descobrir.
A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si.
Algumas pessoas acham-se cultas porque comparam sua ignorância com as dos outros.
Amigo de verdade é aquele que transforma um pequeno momento em um grande instante.
Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer.
Amigo é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você!
Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados...
Amigo é aquele que, a cada vez, nos faz entrever a meta e que percorre conosco um trecho do caminho.
Amigos são como flores cada um tem o seu encanto por isso cultive-os.
Amizade é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom, vibram juntas...
Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais... Deve ser guardada e conservada no coração!!!
As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.
Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas, dando-lhes sempre algum significado.
Diante de um obstáculo não cruzes os braços, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos.
Elogie os amigos em público, critique em particular.
Errar é humano, perdoar é divino.
Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor meio de ser infeliz.
Faça amizade com a bondade das pessoas, nunca com seus bens!
Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.

(Érico Veríssimo)
 

domingo, novembro 28, 2010


Ahá!

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Pense nisso...

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sábado, novembro 27, 2010


O cérebro do homem

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quinta-feira, novembro 25, 2010


O que está ausente no texto!?

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O que está ausente no texto abaixo? Tente descobrir!
 
Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível.
Pode-se dizer tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício,
dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo,
esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo.
Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos
sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", ou o que quiser escolher. Podemos, em estilo corrente, repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir.
Porém,mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo,
discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos.
Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês.
Por quê? Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.


Descobriu o que está faltando!? Então veja a resposta abaixo...



















É a letra A! Você duvida? Então leia-o de novo. Impressionante não?

quarta-feira, novembro 24, 2010


Quero virar pipoca...

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Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo...
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que esta sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras, a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva...
Não vão dar alegria para ninguém...

(Rubem Alves - do livro O amor que acende a lua)


terça-feira, novembro 23, 2010


Paciência: você ainda tem?

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O mais difícil é ajudar em silêncio, amar sem crítica, dar sem pedir, entender sem reclamar...
A aquisição mais difícil para nós todos chama-se paciência.
Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'...
E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'.
Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais' onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta. E você?
Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem?
Seu coração vai agüentar?Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire... Acalme-se...



O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...
  
Arnaldo Jabor

 

segunda-feira, novembro 22, 2010


Borboletas

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Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
Mário Quintana

domingo, novembro 21, 2010


As flores?

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 Quando vier me visitar
Traga flores,
Muitas delas…
Porém, não me traga apenas flores:
Não se esqueça de juntar a elas
A beleza do seu sorriso,
A ternura do seu olhar,
A força do seu abraço.
O calor dos seus beijos…
Quando vier me visitar,
Traga flores,
Muitas delas…
Mas não esqueça de tirar-lhes
Os espinhos que machucam,
As folhas envelhecidas,
Os galhos secos,
As dores embutidas…
Quando vier me visitar,
Traga flores,
Muitas delas…
Perfumadas, coloridas, alegres:
Todas parecidas com você!
Quando vier me visitar,
Traga você por inteira…
As flores?
Nem sei se vai precisar!

Vinícius de Moraes

sábado, novembro 20, 2010


Por favor, um pão francês.

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     Quem entrar em uma padaria em Paris e pedir “un pain français, s´il vous plait” (um pão francês, por favor) vai encontrar dificuldades. Mesmo após muita gesticulação, deve sair apenas com um pedaço de baguete. Acontece que o pãozinho, também conhecido como “pão de sal” e “cacetinho”, e que a maior parte do Brasil chama de francês, não existe na França.
     Os encontros e desencontros de tradução começaram no início do século XIX. Naquela época, o pão popular na França, era curto, cilíndrico, com miolo duro e casca dourada – um precursor da baguete, que só consolidou a forma comprida no século XX. Enquanto isso, no Brasil, o pão comum, era um com miolo e casca escuros, uma versão tropical do pão italiano.
     Acontece que, quando a elite do Brasil recém-independente viajava para Paris, voltava descrevendo o pãozinho para seus padeiros, que faziam o possível para reproduzir a receita, pela descrição. Dessa gastronomia oral saiu o “pão francês brasileiro”, que difere de sua fonte de inspiração européia, sobretudo por poder levar até açúcar e gordura na massa. Assim como o arroz à grega e o café carioca, a homenagem é alheia ao homenageado.


sexta-feira, novembro 19, 2010


Gaúchos desse meu Rio Grande!

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GAUDENCIO, o gaúcho guapo que aproveitando a viagem a CAPITAL, vestiu uma camiseta do DESAFIO DE TROVADORES e foi ao médico fazer um 'xecápi'.
Diz
o médico:
- Sr.. GAUDENCIO, o senhor está em muito boa forma para 40 anos.
- E eu disse ter 40 anos, tche??
- Quantos anos o senhor tem?

- Fiz 57 em maio que passou.

- Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu?

- E eu disse que meu pai morreu, tche?

- Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai?

- O véio tem 81.

- 81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu?

- E eu disse que ele morreu?

- Sinto muito. E quantos anos ele tem?

- 103, e anda de bicicleta até hoje.

- Fico feliz em saber. E seu bisavô? Morreu de quê?

- E eu disse que ele tinha morrido? Ele está com 124 e vai casar na semana que vem..

- Agora já é demais! - Diz o médico revoltado.
- Por que um homem de 124 anos iria querer casar?
- E eu disse que ele QUERIA se casar? Queria nada, foi obrigado por que ele engravidou a moça.


 

quinta-feira, novembro 18, 2010


Walcyr Carrasco

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Sempre estive dividido entre a volúpia de comer bem e a necessidade de me alimentar com saúde. A gula venceu boa parte das batalhas. Nunca hesitei entre um camarão ao alho e óleo e um chuchu refogado. Mas a idade aumenta e o desejo de cuidar da saúde cresce. Aboli a carne de porco há anos, depois de ter lido que era a mais prejudicial. Se algum cientista dizia, devia estar certo. Abandonei os torresminhos, as linguiças, os pernis! Em minha recente viagem ao Japão, soube que pesquisadores do mundo todo estão estudando a dieta de Okinawa. É o lugar onde mais se vive no mundo. Há gente com mais de 100 anos andando de bicicleta na rua. O que eles comem rotineiramente? Carne de porco! Quase chorei de tristeza pelo tempo perdido! Lamentei-me por todos os lombos assados que desdenhei! E os ovos? Garantiam que a gema era um veneno para o colesterol. Eu adoro ovo. Mas passei a evitar. Com a maior cara de pau, o mundo científico, faz algum tempo, anunciou o contrário: ovo faz bem! Quem me devolve as omeletes não comidas?
Durante algum tempo, para melhorar o colesterol, eu tomava “água de berinjela”. Deixa-se a berinjela na água durante a noite e bebe-se em jejum. Não há maneira mais horrenda de começar o dia. No exame seguinte, meu colesterol continuava igual. Óbvio, o culpado era eu:
— Você deve ter exagerado em outras coisas. Se não fosse a berinjela, teria piorado! — acusou-me o médico alternativo.
Já cultivei uma coisa no aquário, até hoje não sei se vegetal ou animal. Era um espécime redondo que se reproduzia em placas que se colavam umas às outras. O segredo era beber daquela água todo dia, para garantir uma vida longa, saúde perfeita e inteligência aguçada. Foi moda numa certa época. Quando penso que bebia aquilo e ainda elogiava, não entendo por que não me botaram num hospício.
E a história dos radicais livres? Partem do pressuposto de que cada célula é uma “fábrica” cujo funcionamento deixa resíduos. É preciso eliminá-los com uma boa alimentação. A tese é ótima. A vilã sempre é a carne vermelha. Aconselha- se a substituição pela soja! Assim, tentei viver à base de carne de soja! Era tão gostosa como mastigar isopor! Também incorporei leite de soja.
— Você não é um bezerro! — explicou delicadamente o tal médico. — Pare com o leite de vaca.
Depois soube que o cálcio do leite animal é importante para os ossos! Em quem acredito?
A última moda em alimentação é a quinoa. Provém dos Andes e é considerada completa em termos nutricionais. Tem sabor de nada. Achava impossível algo ter sabor de coisa nenhuma, mas é o caso da quinoa. Dia desses, estava com um amigo em uma lanchonete. Ele vive de regime. Viu no menu: sanduíche de quinoa. Aconselhei: — É um alimento maravilhoso que não engorda.
Agi com boa intenção. Talvez ele gostasse. Veio um hambúrguer de quinoa frita. Duas desvantagens de uma vez: engordava por causa da fritura e só tinha gosto do óleo em que fora mergulhado! Quase perdi o amigo!
Tudo o que é delicioso parece fazer mal: batatas fritas, hambúrgueres, refrigerantes, hot-dogs, bacon e, claro, qualquer delícia feita de açúcar!
Penso na minha avó, que cozinhava com banha de porco e quase chegou aos 90. E em outras velhas que conheci. Talvez o povo do passado soubesse algo sobre alimentação que o tempo esqueceu. No mínimo, eles não viviam estressados com tantas dietas e informações. Sentiam-se felizes por desfrutar a comida. Dietas são boas. Mas acredito que o principal ingrediente para a boa saúde é a paz de espírito.

Walcyr Carrasco

quarta-feira, novembro 17, 2010


Moça bem-comportada

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     Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.
     Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.   Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar….
     Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
     Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou.

(M. de Queiroz)

                                                     

quinta-feira, novembro 11, 2010


:)

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Boa resto de semana pra vocês! :)