Ao longo dos anos e mesmo dos séculos as mulheres ouvem que são volúveis, instáveis. Trabalham tanto quanto ou talvez mais do que os homens e ganham menos, e são demitidas quando ficam grávidas. [...]
Elas triunfam da diurturna tarefa cotidiana, do cuidado generoso e incansável pelas vidas que são sua responsabilidade. Enquanto os homens fizeram guerra, elas fizeram amor e filhos. Enquanto os homens inventaram descobertas mirabolantes, elas criaram recursos para que a vida não se extinguisse e, ao contrário, se desenvolvesse muitas vezes a partir da escassez, e algumas vezes do nada.
Maria Clara Lucchetti Bingemer: "De Mulher para mulher"
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